Família acusa namorado de matar jovem de 16 anos grávida na Zona Norte do Rio; suspeito foi executado


G1 - Familiares de um jovem de 16 anos grávida dizem que ela foi assassinada pelo namorado na madrugada desta quinta-feira (28), na Zona Norte do Rio. Depois do crime, o suspeito disse no hospital que os dois foram vítimas de um assalto e, horas depois, foi encontrado morto com dois tiros dentro de uma igreja– teria sido executado por traficantes de uma comunidade da Pavuna.

Ana Cristina do Sacramento foi morta durante uma discussão com Orlando Farias, de 22 anos. Segundo familiares, eles tiveram um desentendimento dentro da casa dos pais dela, e o namorado atirou na cabeça de Ana.

As duas mortes serão investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital.

Após a jovem ser atingida, Orlando saiu e foi para a rua pedir por socorro. No hospital, o rapaz contou que eles foram vítimas de uma tentativa de assalto, que ela reagiu e foi baleada. Ele saiu do hospital Getúlio Vargas, na Penha, sem deixar telefone de contato.

A família de Ana afirma que ele mentiu e também que só descobriu o namoro depois da morte da estudante.

Parentes dizem que encontraram marcas de sangue na cozinha, mas que vizinhos limparam tudo para que evitar que a mãe não visse a cena. Eles também dizem que acharam uma mochila da estudante cheia de roupas.

Cerca de sete horas depois da morte de Ana Cristina, o homem apontado pela família como o assassino foi encontrado morto, com dois tiros dentro de uma igreja no Jardim América.

Feminicídio

Se confirmado o assassinato pelo namorado, Ana Cristina fará parte de uma triste estatística no Rio: a de vítimas de feminicídio. Segundo levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete dias.

Apenas nos dois primeiros meses do ano, oito mulheres foram mortas vítimas de feminicídio (sendo 5 delas assassinadas por conhecidos e 3 por atuais companheiros) e 63 sofreram tentativa de feminicídio.

Os números, divulgados na quarta-feira (27), são baseados nos meses de janeiro e fevereiro de 2019, com casos registrados no Rio de Janeiro.

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