A ordem judicial em nome do infrator foi expedida na última terça-feira (19), pela juíza Articlina Oliveira Guimarães, da 2ª Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes. “As investigações começaram em outubro de 2018, quando a adolescente de 16 anos, após ficar sabendo que a prima também havia sido estuprada pelo infrator, resolveu nos procurar. Na ocasião, relatou que também sofria esse tipo de abuso. O autônomo era responsável por fazer a condução das vítimas para a escola e elas começaram a apresentar rejeição em relação ao indivíduo”, explicou Coelho.
O rapaz de 20 anos relatou que os estupros iniciaram quando ele tinha nove anos e que ele era ameaçado de morte, caso comentasse com alguém o que acontecia. “O enteado relatou os abusos mais graves, após muito tempo calado, por medo, vergonha. Por isso que a gente orienta pais e responsáveis a sempre ouvir seus filhos. Procure saber o motivo pelo qual eles estão rejeitando esse tio, padrinho ou padrasto, porque muitas vezes ali no fundo tem alguma coisa de relevante para aquela rejeição”, alertou a delegada.
De acordo com a titular da Depca, o infrator negou a autoria dos estupros. “Trata-se de um pedófilo habitual, que abusa das vítimas no seio da família. Aquela pessoa que, muitas vezes, é isenta de desconfiança. Isso é mais comum do que a gente possa perceber”, declarou.
Indiciado - O homem foi indiciado por estupro de vulnerável. Ao término dos procedimentos cabíveis na Depca, o infrator será levado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), localizado no quilômetro oito da rodovia federal BR-174, onde irá ficar à disposição da Justiça.
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