Policiais e um vereador são presos por participar de esquema de propina que usava terceirizados para maquiar corpos em IML da Zona Oeste



Via Extra

Três policiais civis, entre eles o vereador pelo PTN e médico perito Gilberto de Oliveira Lima, foram presos nesta terça-feira, após terem sido denunciados pelo Ministério Público (MP) do Rio. Gilberto, que é ex-diretor do Instituto Médico- Legal (IML) de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e outros dois policiais, são acusados de implantar um esquema criminoso no Posto Regional de Polícia Técnica Científica de Campo Grande.

De acordo com a denúncia, entre os anos de 2014 e 2016. havia exigência de pagamentos ilícitos para que cadáveres, que davam entrada no IML por morte natural, fossem liberados para funeral e consequente enterro, após desnecessários exames de necrópsia .

O esquema contava com a cobertura de quatro funerárias, que embutiam no preço cobrado às famílias que queriam enterrar seus entes, valores de propina que teriam de ser repassados aos policiais.

Foram presos anda o chefe da perícia criminal do IML, perito Sérgio William Silva Miana e o comissário Franklin Silva da Paz, que chefiava a administração da perícia de Campo Grande.

De acordo com a denúncia do MP, o esquema utilizava a estrutura do posto, com empregados terceirizados contratados originalmente para limpeza do prédio, que passaram a trabalhar como auxiliares de necrópsia no processo de lavagem, arrumação e maquiagem de cadáveres, que eram entregues preparados dentro de caixões.

Ainda segundo o MP, o dinheiro era entregue pela funerárias para Sérgio William e Franklin Silva. Em seguida, a dupla repassava os valores para o vereador.

De acordo com a denúncia, por conta do esquema, o IML de Campo Grande tinha a demanda muito superior de mortes naturais em relação a outros postos do estado. Só em 2015, o serviço atrelado a verificação de óbitos naturais registou o expressivo número de 2.020 cadáveres, enquanto o atendimento por morte violenta alcançou o número de 746 corpos no mesmo período.

Em 2016, o número de atendimento por mortes naturais, no IML de Campo Grande, aumentou para 2310, contra 872 cadáveres que deram entrada por morte violenta.

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