Autora de procedimento estético em microempresária no Rio, é identificada e terá a prisão pedida à Justiça


A autora do procedimento estético ao qual se submeteu a microempresária Fernanda Assis já foi identificada e terá a prisão pedida à Justiça. A informação é da Polícia Civil do Rio. Fernanda morreu em consequência de uma parada cardiorrespiratória na tarde do último sábado (13/10), no Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Ela havia feito um preenchimento dos glúteos no início da semana passada e na quinta-feira passou mal.

O namorado da microempresária Fernanda Assis foi à 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) nesta segunda-feira. Alex Fernando entrou pelos fundos da delegacia. Mais cedo, ele havia feito um post em sua rede social falando sobre a saudade que sente dela: "O problema todo é esse imenso vazio sem você aqui.... Bati na cama e cadê você para deitar comigo". Ele logo começou a receber mensagens de apoio:

"Olha, só conheço vocês de vista (...) mas estou muito sentida com tudo que aconteceu. Menina linda, nova, com tudo pela frente. Só desejo que Deus te conforte nesse momento porque só Ele mesmo".

"É difícil entender a vontade de Deus, a dor é imensurável, mas com o passar dos dias se transformará em saudades, amenizando esse aperto no peito. Fique bem, Deus abençoe".

"Deus vai entrar com providência na tua vida, vai amenizar a tua dor, enxugar as tuas lágrimas e no lugar dá dor só serão saudades... Que Deus cuide de ti. Seja forte. Você não está sozinho!".

Ao chegar ao hospital, a microempresária tinha edemas nos glúteos e no rosto. Na manhã de sábado, o quadro de saúde dela se agravou. Com complicações e dificuldades para respirar, precisou ser entubada. Ele morreu por volta das 14h. O corpo deve ser enterrado no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte.

Especialista faz alerta dobre riscos

Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o cirurgião Bruno Herkenhoff chama a atenção para as semelhanças entre os casos de Fernanda e da bancária Lilian Calixto, que morreu em julho passado após complicações em um procedimento estético, realizado em uma cobertura na Barra da Tijuca. Nos dois casos, as pacientes fizeram o procedimento em casa, o que é proibido.

Apesar de muitos profissionais realizarem procedimentos em clínicas e consultórios, toda cirurgia, estética ou não, deve ser feita num centro cirúrgico. Além disso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica contraindica o uso do PMMA em grande quantidade.

- Para evitar riscos desnecessários, a orientação é buscar profissionais credenciados. A sociedade disponibiliza no seu site os nomes dos cirurgiões habilitados para realizar procedimentos estéticos. Os médicos qualificados têm uma carga horária maior de residência médica, com três anos de estudo além dos dois anos de residência médica - diz Bruno Herkenhoff, acrescentando que trabalho realizado por profissionais sem qualificação pode resultar em necroses e perfurações de órgãos além de mortes, como ocorreu com Fernanda.

Fonte e mais em Extra

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