A Polícia Civil de Pernambuco divulgou nesta terça-feira o retrato falado de um homem que usa um site de compras e vendas de produtos e serviços para estuprar mulheres em Olinda. O criminoso, que se apresentava para as vítimas como Alexandre Souza e dizia que era policial militar ou civil, escolhia vítimas com idades entre 20 e 40 anos. Até esta quarta-feira, seis mulheres já procuraram a polícia para relatar um crime desta natureza.
De acordo com o delegado Meneses, titular da 25ª Delegacia de Polícia (Peixinhos), o criminoso marcava com as vítimas em um local público e as chamava para ir até sua casa conhecer a suposta criança da qual deveriam tomar conta durante o trabalho de babá. Para enganá-las, ele passava o telefone para que elas conversassem com uma criança de verdade. Após saltarem do ônibus que os levaria até a residência do homem, o criminoso as arrastava para um terreno baldido, onde o estupro era realizado, sempre à noite.
O estuprador se apresentava como policial militar, às vezes era civil, iludiu bastante as mulheres. Elas acreditavam e caíram na dele — afirmou o delegado.
Retrato falado do estuprador
Duas mulheres já foram ouvidas por Meneses e uma terceira, que disse ter sido estuprada nesta segunda-feira, prestou depoimento na delegacia de Varadouro, também em Olinda.
Uma das vítimas chegou a conseguir fugir enquanto estava nua e foi até a delegacia mais próxima, que não era distante do matagal, no último 30 de outubro. Lá, foi registrado o boletim de ocorrência. No entanto, Meneses ressaltou que a mulher só prestará depoimento nesta quinta-feira na delegacia de Peixinhos, onde ele atua, porque adquiriu coragem para comentar a história após o caso ganhar repercussão.
— Ela só procurou a delegacia agora depois que viu a repercussão do caso e que a polícia estava atrás dele. Ela estava abalada e quis se afastar para esquecer. Ela fugiu nua, correu para a avenida e foi para uma delegacia de plantão. Depois não foi à delegacia do distrito aqui em Peixinhos — disse Meneses.
O nome Alexandre Souza, usado pelo agressor, pode ser fictício, mas o delegado acredita que o retrato falado, que será ainda aprimorado com base em novos depoimentos, poderá auxiliar na identificação e localização do suspeito.
Além do depoimento marcado para esta quinta-feira, Meneses escutará ainda outras duas mulheres que afirmaram terem caído no mesmo golpe do estuprador nesta quarta-feira.
Os agentes investigam o número de telefone usado para marcar os encontros e um perfil encontrado em rede social que pode pertencer ao suspeito.
Segundo Meneses, um primeiro retrato falado foi feito em janeiro, quando uma mulher procurou a polícia para registrar um estupro ocorrido no dia 14 daquele mês.
— A vítima veio no dia 15, fizemos retrato falado no dia 20. Primeiro estávamos investigando antes de divulgar, mas estava complicado, então resolvemos divulgar a imagem. Com os novos depoimentos, poderemos aprimorar mais detalhes do retrato falado e do caso — afirmou.
Fonte: Extra
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