Moradores reclamam de falta de segurança na rua da Tijuca onde advogado foi morto em assalto


Advogado foi morto durante assalto na noite de segunda-feira Foto: Extra / Geraldo Ribeiro

Moradores da Rua Alfredo Pinto, na Tijuca, onde o advogado Marcos Gil de Souza, de 43 anos, foi morto em assalto na noite de segunda-feira, se queixam da insegurança no local. Eles contam que bandidos e pivetes — às vezes de bicicleta — atacam inclusive à luz do dia. Nem a presença de uma Policlínica da Marinha na vizinhança parece intimidar os marginais.

— É uma rua muito deserta e que só tem residências. Morro de medo quando tenho de sair, até mesmo para ir até o metrô. É assalto de manhã, no meio do dia, à tarde e à noite. Não tem hora para acontecer. Nos fins de semana é pior ainda, porque a circulação de moradores é menor e a rua fica um deserto. Um facilitador é o fato de a rua ter muitas saídas, que funcionam como rota de fuga — aponta a dona de casa Rosângela Cavalcante Pereira, de 57 anos, moradora na rua há dez.

O publicitário João Dorigo, de 32 anos, é outro que reclama da insegurança no lugar. Ele disse que o problema piorou no último ano e contou que, há cerca de um mês, foi perseguido por um pivete, mas não chegou a ser assaltado.

— Os assaltos aqui são frequentes. Normalmente são feitos por pivetes que agem de bicicleta. Moro aqui desde 1994 e nunca me senti tão inseguro como ontem. Foi a primeira vez que presenciei uma situação de violência como essa tão próxima. Minha mulher tem medo de sair à noite — disse.

O técnico de eletrônica, Túlio Noqueira, cobra policiamento. Ele disse que num assalto recente à uma loja na Conde de Bonfim, os ladrões usaram a Rua Alfredo Pinto como rota de fuga.

— É uma rua meio escura. Á noite evito passar por ela. Essa região está muito complicada. Na semana passada mesmo teve um assalto nas Lojas Americanas da Conde de Bonfim, bandidos trocaram tiros com a polícia e fugiram por essa rua. Até estranhei quando vi um carro de polícia parado na esquina ontem, após o ataque ao advogado, porque nunca tem. Depois é que eu soube do crime. Falta policiamento. É muito roubo de carros e a pedestres — reclama.

O advogado Marcos Gil de Souza morreu após ser baleado durante assalto. A vítima chegou a ser socorrida e levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu aos ferimentos. O 6º BPM (Tijuca) foi acionado por volta das 20h45 para a ocorrência perto do Teatro Ziembinski. Ao chegarem no local os policiais depararam com Gil baleado.

Marcos Gil é cunhado do delegado Felipe Curi, titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). O policial esteve na manhã desta terça-feira no Instituto Médico Legal (IML) para providenciar a identificação e liberação do corpo. No começo da tarde agentes da Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, foram no local da ocorrência para colher imagens de câmeras que possam ajudar a solucionar o crime.

Fonte: Extra

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