Adolescente é morto a tiros em operação do Bope na favela da Rocinha, no Rio


Um adolescente, de 15 anos, foi baleado e morreu, na manhã deste sábado, durante um intenso tiroteio na comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Segundo familiares, Guilherme da Silva Veríssimo estava jogando futebol quando foi atingido. Ainda não há informações de onde teria partido o tiro.

De acordo com o padrasto de Guilherme, Francisco Fabiano, de 36 anos, o adolescente saiu de casa nesta manhã para jogar bola com os amigos em um campo na localidade conhecida como Macega. Por volta das 11h, logo após serem ouvidos tiros na comunidade, a família recebeu a informação de que o garoto havia sido baleado. Segundo Fabiano, ele estava esperando os amigos para o jogo.

— O corpo ainda continua na comunidade. Não deixam ninguém chegar perto. A mãe está muito abalada e está esperando no campinho — disse.

O corpo do adolescente amarrado em uma porta de geladeira, por parentes.

Segundo parentes de Guilherme, o adolescente foi expulso da escola este ano após se envolver numa briga com um colega de turma. No entanto, a família tentava convencê-lo a voltar a estudar em 2018. Edson diz que Guilherme não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Até quatro horas após o crime, a família ainda não havia conseguido retirar o corpo do adolescente da favela. Parentes amarraram o cadáver na porta de uma geladeira para esperar o rabecão.

A PM, entretanto, afirmou, por nota, que "um suspeito" foi morto durante operação do Bope na favela. A corporação não identificou o suspeito como Guilherme, mas, segundo a Polícia Civil, só houve uma ocorrência de homicídio na Rocinha durante a manhã deste sábado.

Com o "suspeito", a PM alega que arrecadou um fuzil AK-47. Em nota, a corporação afirma que, durante ação do Bope na favela, “houve confronto” e, após vasculhamento, “os policiais encontraram um suspeito ferido, que não resistiu aos ferimentos”. De acordo com a nota, o suspeito “estava usando uma bermuda com a inscrição ‘Amigos do Rogério 157’, preso no início desse mês”.

A operação, segundo a PM, “faz parte de um esforço conjunto das unidades do Comando de Operações Especiais (COE) com objetivo de levar estabilidade” à Rocinha. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Homicídios (DH), que fez perícia no local.

Via Extra

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