Jovem é encontrada morta em matagal em Nova Iguaçu; teria sido atingida quando passava por blitz na Via Light


Uma moça identificada como Rafaella da Silva Dias, de 18 anos, foi encontrada morta com um tiro na cabeça em um matagal às margens da Via Light, altura de Nova Iguaçu, no Rio, na manhã desta segunda-feira, dia 30 de outubro. De acordo com relatos, a vítima teria sido atingida quando passava com amigos por uma blitz policial, atacada por criminosos. Apesar de toda blitz autorizada precisar ser comunicada ao comando do batalhão, a assessoria da Polícia Militar informou não saber se houve uma blitz na região e que o caso será apurado pela Corregedoria da corporação.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, que já recebeu quatro testemunhas para prestar depoimento nesta tarde. Os agentes estão à procura de possíveis imagens de câmeras de segurança instaladas na região para tentar identificar os autores. Informações preliminares dão conta de que, na ocasião do crime, Rafaela estava a caminho de um baile no Complexo do Chapadão, vindo de Nilópolis.

Oficialmente não havia nenhuma blitz

A Polícia Militar afirmou, nesta segunda-feira, que não havia blitz oficial na Via Light, na altura da Anchieta, na noite do último domingo, quando a jovem foi morta. De acordo com o porta-voz da PM, Major Ivan Blaz, nenhuma blitz na região foi formalmente comunicada a nenhum batalhão da Polícia Militar.

Segundo Blaz, oficialmente, nenhuma equipe, de qualquer unidade, comunicou estar no local. Ainda de acordo com ele, a Corregedoria da corporação vai apurar se os policiais estavam ali sem avisar ao respectivos comandos. Nem a Central 190 e nem os próprios batalhões receberam informes sobre disparos no local.

Todas blitz ou troca de tiros com criminosos deve ser registrada no respectivo batalhão. Em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação do caso, quatro testemunhas que estavam com Rafaella afirmaram que estavam em um Uber, a caminho de um baile funk, quando foram parados em uma blitz do 20º BPM (Mesquita). O grupo afirmou ter descido do carro e, em seguida, criminosos em um carro preto passaram atirando contra os policiais. Na correria, o grupo entrou novamente no carro e o motorista saiu do local. Metros à frente, eles perceberam a ausência de Rafaella e voltaram ao local.

Ainda de acordo com o depoimento, por estar "muito escuro", o grupo não percebeu o corpo da jovem no matagal às margens da Via Light. Eles afirmaram ainda terem ouvido novos disparos e saíram do local. Na manhã desta segunda-feira, uma amiga da jovem retornou ao local com familiares dela e encontrou o corpo.


O delegado Rodrigo Brandt, responsável pela investigação, afirmou que irá solicitar à Polícia Militar informações sobre a viatura e os agentes que estavam no local.

Poucas horas antes de sair em direção ao baile funk na comunidade do Chapadão, Rafaella publicou uma foto em seu perfil nas redes sociais. "Domingo desses. Fui", escreveu.


Nas redes sociais, amigos da estudante de enfermagem lamentaram a morte dela. "Não dá para acreditar que você se foi", escreveu uma amiga. "Minha irmã, não consigo acreditar nessa notícia", disse outra. "Que Deus conforte sua família", escreveu outra pessoa. "Você vai fazer falta, Rafa", disse outra.

Via Extra

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