Grupo de extermínio de Queimados recebe solicitação de ‘serviços’ pela internet e redes sociais


O grupo de extermínio se autointitula Caçadores de Gansos — como são chamados os bandidos no meio policial. Numa página no Facebook, seus integrantes recebem, de moradores de Queimados, na Baixada Fluminense, fotos e informações de criminosos que atuam em determinada localidade no município. Traficantes de drogas, usuários e assaltantes apontados pela população são executados pelo bando. Em resposta, numa espécie de prestação de contas, fotos das vítimas são postadas na página. Desde o ano passado, o grupo vem sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

O delegado titular da especializada, Giniton Lages, atribui a explosão no número de homicídios em Queimados ao recrudescimento da atuação dos “caçadores” no município, que acompanha, principalmente, o aumento da atuação do tráfico de drogas na região. Em seis anos, o número de assassinatos quase quadruplicou na cidade: em 2010, foram registrados 41 casos, contra 159 no ano passado.

— Há muita preocupação com o aumento da criminalidade em Queimados. A análise que fazemos é que o crescimento do número de homicídios coincide com um aumento dos confrontos entre o tráfico e esse grupo de extermínio em várias localidades, em especial nos condomínios do “Minha casa, minha vida” no município — disse Lages.

As investigações da DHBF apontam que o principal objetivo dos Caçadores de Gansos é fazer uma “limpeza social”. Apesar de algumas taxas serem cobradas dos moradores, o objetivo principal do grupo não é lucrar, mas sim, ao cometer os crimes, “fazer justiça” com as próprias mãos. Policiais civis e militares, além de moradores do município, são suspeitos de fazerem parte do bando.

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