Morte de PM na Baixada com dez tiros faz subir para cem o número de oficiais mortos no Rio, em 2017




Via Extra

O sargento Fabio José Cavalcante e Sá, de 39 anos, morreu nesta manhã, tornando-se o centésimo policial militar morto este ano no Estado do Rio de Janeiro, uma marca que vem sendo batida cada vez mais cedo nos últimos quatro anos. De acordo com as primeiras informações, ele morreu em uma tentativa de assalto. Foi morto com pelo menos dez tiros, sendo quatro somente na cabeça, segundo relato de um amigo e de fontes da área da saúde. O militar estava na frente da loja de gesso do seu pai, no Largo do Guedes, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quando foi abordado por, pelo menos, seis homens armados em dois veículos na Rua Cruzeiro do Sul. O pai da vítima viu toda a ação e, segundo relatos, pediu para os criminosos não matarem Fabio. A ação ocorreu por volta das 8h deste sábado. A arma e os documentos da vítima foram levados pelos criminosos.

De acordo com a Polícia Militar, o militar chegou a ser levado para a UPA da Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, também na Baixada, mas não resistiu.

- No momento do crime, eu estava dormindo, mas, segundo as pessoas que viram, os bandidos reconheceram ele como policial e o alvejaram. Foram mais de dez tiros. Conheço o Fabio desde criança e ele entra para essa triste estatística do Rio de Janeiro. Era um cara do bem, de boa índole - afirma o amigo.

Uma testemunha disse que foram mais de 30 tiros contra Fabio. Ela também afirmou que Fabio deveria estar sendo seguido no momento do crime.

Outros vizinhos também comentaram sobre a possibilidade de Fabio ter sido executado. Eles dizem que, mesmo com Fabio já morto, os criminosos desceram do carro e atiraram na vítima. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o caso e faz perício no local.

Nas eleições de outubro do ano passado, o policial concorreu pelo PR ao cargo de vereador em São João de Meriti, cidade onde nasceu. Ele obteve 1090 votos, ficando com a segunda suplência. Foi a primeira vez que Fabinho, nome utilizado nas urnas, tentou entrar pela política.

Fábio era lotado no 34º BPM (Magé), casado e deixa um filho de oito anos. Ele é o centésimo policial militar morto este ano no Estado do Rio de Janeiro, uma marca que vem sendo batida cada vez mais cedo nos últimos quatro anos.

Números assustam

Em 2014, 112 militares foram mortos, numa média de um homicídio a cada três dias. Este ano, a média já está em um PM assassinado a cada dois dias.

Na última semana, dois policiais foram mortos. No dia 22, o cabo Thiago Rodriguez da Silva, de 32 anos, foi sequestrado por bandidos perto de sua casa, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Thiago foi encontrado morto dentro do porta-malas de seu carro. Ele estava há seis anos na corporação e era lotado na UPP Tabajaras.

No dia 24, o subtenente Mabel Sampaio, de 53 anos, foi morto quando chegava em casa, no bairro Porto da Madama, em São Gonçalo. Ele era lotado no 12º BPM (Niterói).

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