Fonte imagem: http://www.jauregui.arq.br/favelas_alemao.html |
No período, foram registrados 361 tiroteios no Estado, uma média de 11 por dia. No Complexo do Lins, por exemplo, ao menos um tiroteio a cada dois dias foi relatado. Já nos complexos do Alemão e da Penha, em apenas 10 dias do levantamento não houve trocas de tiro.
Ex-comandante geral da Polícia Militar do Estado, o coronel Ubiratan Ângelo destaca que os confrontos ocorrem, principalmente, em áreas com pouca atuação do poder público: “Os tiroteios não acontecem em qualquer lugar, eles acontecem em espaços abandonados pelo governo, onde a maioria está na zona norte. Por exemplo: não tem tiroteio na praça Saens Peña [Tijuca] e na av. 28 de Setembro [Vila Isabel], mas tem confrontos no morro dos Macacos, no Borel, no Salgueiro e no Alemão. Ou seja, a maioria dos tiroteios acontece exatamente nos morros.”
No dia 23 de junho, foram registrados 22 tiroteios, o maior índice do período. Ubiratan Ângelo avalia que o medo que envolve a atividade policial torna a resolução do problema ainda mais difícil. “Os policiais que foram colocados para dialogar com a comunidade estão muito mais preocupados com a sua sobrevivência do que policiar e rondar, do que dar segurança à cidade. Isso está errado? Não, porque eles têm que estar vivos para prover a segurança. A real situação dos policiais é que eles hoje têm medo de ser atacados e sabem que a qualquer momento vão estar em confronto”, observa Ubiratan
Leia mais em Metro
Comentários :