Cinco rapazes são mortos com tiro na cabeça em condomínio, no distrito de Maricá


Cinco jovens foram mortos na madrugada de ontem em um condomínio do programa "Minha Casa, Minha Vida" em Itaipuaçu, distrito de Maricá. As vítimas foram identificadas como Sávio de Oliveira Vitipó, de 19 anos, Mateus Bitencourt da Silva, de 18 anos, e os adolescentes Patrick da Silva Diniz, Matheus Barauna dos Santos e Marco Jonathan da Silva Oliveira. As informações são da Polícia Civil.

Segundo testemunhas, os jovens conversavam em uma área de convivência do conjunto habitacional após voltarem de um show de rap no Centro da cidade, quando foram surpreendidas por homens armados. A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) investiga o caso. A perícia foi feita no local.

— O meu filho deixou amigas em casa e veio cumprimentar alguém. Chegaram dois homens, mandaram eles deitarem no chão, deram um tiro na cabeça de cada um e saíram gritando "Aqui é milícia e vamos voltar". Uma testemunha viu tudo — contou July Mary Silva, de 34 anos, mãe de Marco Jonathan, de 17 anos.

Marco Jonathan, 17 anos, é um dos cinco mortos em Maricá 

Segundo uma testemunha, dois homens mandaram os rapazes deitarem no chão, deram um tiro na cabeça de cada um e saíram gritando "Aqui é milícia e vamos voltar!".

O secretário de Direitos Humanos e Participação Popular de Maricá, João Carlos Birigu, esteve no local durante a manhã e contou que ao menos um dos jovens articulava um projeto social na área, apoiado pela pasta.

A mãe de Marco Jonathan, conhecido como “Do quadrado”, afirmou que o filho também participava do projeto e que os planos dos jovens era expandir as atividades.

Marco Jonathan deixou um filho de 1 ano e 4 meses, Marco Luca. O secretário João Carlos Birigu garantiu que o órgão vai dar todo o apoio para familiares dos jovens:

— Desde o primeiro momento o prefeito designou atenção total ao caso e acompanhamento às famílias. Vamos custear todas as despesas de sepultamento e enterro e, posteriormente, prestar apoio psicológico — falou.

Moradores do condomínio reclamaram, entretanto, da falta de atenção e de abandono do poder público, e denunciavam “esculachos policiais”.


“Passaram no meu portão outro dia à noite e mandaram eu entrar. Vivem esculachando todo mundo por aqui”, contou uma idosa.

Outro morador admitiu o receio de uma dominação da área pela milícia.

— Não tem segurança, mas a gente também não quer polícia que dá tapa na cara e assusta nossas crianças. Daqui a dois anos, o condomínio vai estar na mão da milícia, a gente tendo que pagar pra eles. Já vieram, há uns três meses, dar tiro pro alto aqui. É o recado deles.

Fonte: Extra

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