Tiroteio deixa um morto e um ferido na Favela da Rocinha


Um morador morreu e outro ficou ferido durante um tiroteio na tarde desta segunda-feira (14/5), na Rocinha, Zona Sul do Rio. Mais cedo, moradores usaram as redes sociais para relatar o confronto na comunidade. Segundo um relato enviado para o WhatsApp do EXTRA, o barulho dos disparos durou mais de 30 minutos na localidade conhecida como Valão. O leitor contou ainda que os tiros começaram por volta das 16h. Ele estava na rua e correu para casa para se abrigar assim como outros moradores da Rocinha.

De acordo com a assessoria da PM, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foram acionados após uma denúncia de um suposto sequestro na localidade do Valão. Ao chegarem no local, nada foi constatado. Durante um patrulhamento, os policiais foram atacados por criminosos armados e houve confronto. Em seguida, moradores informaram sobre um homem que estava morto e um outro morador que havia sido ferido. O morto foi identificado por moradores como Francisco Nunes de França, de 75 anos, conhecido na Rocinha como Ciclista Pipoca. Francisco morava na Rocinha há mais de 50 anos. Em 2012, ele contou sua história num vídeo.

O homem baleado, identificado como Júlio César Pereira de Souza, de 43 anos, foi socorrido para o Hospital Miguel Couto, na Gávea e tem estado de saúde estável, segundo a Secretaria municipal de Saúde. Julio estaria tentando voltar para casa, na Rua 4, quando foi baleado.



Julio César

— Ele estava na rua, voltando pra casa e acabou baleado. Graças a Deus não foi nada mais sério. A gente pensa em sair da Rocinha, mas vamos pra onde? Não temos pra onde ir. A gente vai ficando ali mesmo — disse uma parente de Júlio César, que preferiu não se identificar.

A área do confronto foi isolada e Delegacia de Homicídios acionada para realização da perícia. Por volta das 20h, a PM informou que não houve mais registros de confrontos na comunidade e que a 'situação estava estabilizada'.

Pelo Twitter, a Polícia Militar (PM) pediu atenção a quem chega na comunidade e a quem passa pela Autoestrada Lagoa Barra devido aos "muitos tiros" na região. O Centro de Operações da Prefeitura do Rio também pede que motoristas evitem a via.

Outros moradores também usaram as redes sociais para relatar o intenso tiroteio e reclamar da rotina de violência que assola a comunidade.

"Não suporto mais morar na rocinha, já vou perder outra aula por causa do tiroteio", postou uma internauta no Twitter.

"Saudades daquela Rocinha de Paz", escreveu outra internauta.

Extra Online

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